
O marceneiro Jorge Vitor Barbosa, de 21 anos, procurou o atendimento odontolĂ³gico pela primeira vez na vida apĂ³s ouvir no rĂ¡dio a divulgaĂ§Ă£o dos serviços da caravana. A busca foi pela extraĂ§Ă£o dentaria e raspagem de tĂ¡rtaro. Ele admite que sĂ³ procurou o atendimento por conta da facilidade. “JĂ¡ tentei atendimento em Portel, mas nunca conseguia ficha. SĂ³ vim porque meu vizinho disse que conseguiu ser atendido e ficou muito satisfeito com o resultado”, contou.
A dona de casa Andreza Lopes tambĂ©m aguardava sua vez de entrar no consultĂ³rio. Ansiosa pelo atendimento de restauraĂ§Ă£o e limpeza dentaria, a dona de casa diz que a aĂ§Ă£o no municĂpio vem preencher uma carĂªncia no serviço que nĂ£o Ă© prestado de forma eficiente na unidade de saĂºde de Portel. “É muito difĂcil conseguir uma consulta com os dentistas que atuam aqui na cidade. AlĂ©m de ser muita gente na sede do municĂpio, ainda tem as comunidades rurais. A aĂ§Ă£o do Pro Paz estĂ¡ sendo um alĂvio para quem precisa de atendimento dentĂ¡rio”, agradeceu a moradora.
Segundo a coordenadora geral da etapa Pro Paz Cidadania Presença Viva em Portel, Hebe Ripardo, nos municĂpios pelos quais a caravana jĂ¡ passou a grande procura Ă© pelo serviço de Oftalmologia, seguido pelo atendimento nas ClĂnicas MĂ©dica e PediĂ¡trica. Em Portel, a segunda maior demanda foi a Odontologia. “Isso demonstra que o municĂpio tem uma demanda reprimida nessa Ă¡rea. AlĂ©m do tratamento, estamos realizando um trabalho preventivo, com orientações sobre a importĂ¢ncia da higiene bucal”, explica.
Óculos
Outro recorde de atendimento somente nos dois primeiros dias de aĂ§Ă£o foi na clĂnica OftalmolĂ³gica, com aproximadamente 5 mil consultas. Os problemas mais comuns identificados pelos oftalmologistas da Caravana foram a presbiopia, principalmente em pacientes com idade entre 40 a 60 anos. JĂ¡ a catarata foi o principal diagnĂ³stico em pacientes com idade acima de 60 anos. Outro problema bastante comum entre portelenses Ă© piterismo, tambĂ©m conhecido como “carne crescida”.
Segundo o mĂ©dico Rafael Eidi Yamamoto, os pacientes passam por vĂ¡rios exames para confirmaĂ§Ă£o do diagnĂ³stico. A estrutura do consultĂ³rio permite a realizaĂ§Ă£o de exames de lĂ¢mpada de fenda, que identificam a biomicroscopia do paciente, exames de fundo de olho para anĂ¡lise da retina, nervo Ă³tico, mĂ¡cula e por Ăºltimo os pacientes passam pelo exame de refraĂ§Ă£o, que indica a necessidade do uso de Ă³culos. Os casos de piterismo, dependendo do grau, sĂ£o encaminhados para tratamento continuado na Unidade de Referencia Ă SaĂºde do municĂpio. “Existem vĂ¡rios graus de piterismo e a indicaĂ§Ă£o cirĂºrgica Ă© para os pacientes que jĂ¡ possuem dificuldade para enxergar”, explica o mĂ©dico.
Nos casos de prescriĂ§Ă£o de Ă³culos o paciente Ă© atendido na Ă³tica que funciona ao lado da clĂnica oftalmolĂ³gica. ApĂ³s a consulta o paciente escolhe o modelo da armaĂ§Ă£o fornecendo aos tĂ©cnicos a receita prescrita pelo mĂ©dico. Cinco pessoas trabalham na fĂ¡brica de Ă³culos e cada um fica responsĂ¡vel por uma etapa do processo. “O paciente entrega a receita, um dos funcionĂ¡rios anota todas as medidas, repassa para o responsĂ¡vel pelas lentes, que identifica a necessidade do paciente e depois nos passa para fazermos os recortes. O Ă³culos Ă© entregue em no mĂ¡ximo 15 minutos", explica Rudivaldo Martins, coordenador da Ă“tica.
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