O ParĂ¡ jĂ¡ registrou este ano 10.091 casos suspeitos de dengue, segundo dados do 11° Informe EpidemiolĂ³gico divulgado ontem pela Secretaria de Estado de SaĂºde PĂºblica (Sespa). Parauapebas ainda lidera o ranking da doença no Estado, com 1.905 ocorrĂªncias e uma morte. BelĂ©m vem em segundo com 1.660 registros. Na sequĂªncia, MarabĂ¡ (892); Ananindeua (590); e Marituba, (416). Ainda assim, o nĂºmero de casos registrados em 2012 Ă© menor em comparaĂ§Ă£o ao mesmo perĂodo do ano passado.
Deste total, apenas 3.277 foram confirmados, sendo 3.259 casos de dengue clĂ¡ssica, 15 de dengue com complicaĂ§Ă£o, dois de febre hemorrĂ¡gica da dengue e um caso de sĂndrome do choque da dengue. O Departamento de Controle de Endemias da Sespa segue monitorando as ocorrĂªncias da Dengue em todo o ParĂ¡ e orienta aos municĂpios que informem imediatamente qualquer caso suspeito. Ressalta, ainda, que a populaĂ§Ă£o fique alerta para evitar a proliferaĂ§Ă£o do Aedes aegypti, principalmente no perĂodo de chuvas, onde o risco de infestaĂ§Ă£o da doença aumenta. A Sespa tambĂ©m realiza atividades de mobilizaĂ§Ă£o e avaliaĂ§Ă£o do Plano de ContingĂªncia em 56 municĂpios, atĂ© 4 de abril.
Risco - Um terreno com cerca de 450m², na avenida Alcindo Cacela, no bairro Condor, Ă© alvo de reclamações da vizinhança. Segundo eles, o dono do terreno o deixou abandonado, aparecendo por lĂ¡ duas vezes ao ano e, mesmo assim, nĂ£o realiza benfeitorias no local. O lixo e o mato tomaram o espaço e a populaĂ§Ă£o do entorno o transformou em um depĂ³sito de lixo e entulho.
A vidraceira Izabel AraĂºjo, 33 anos, mora ao lado do terreno e acredita que o dono acaba prejudicando dezenas de famĂlias. 'Ele tem obrigaĂ§Ă£o de cuidar do patrimĂ´nio, mas, pelo contrĂ¡rio, ele sĂ³ atrapalha. NĂ³s tĂnhamos um muro que separava as nossas casas do terreno e ele mandou derrubar e colocou tapumes de madeira', reclamou. VĂ¡rias partes dos tapumes jĂ¡ foram arrancadas e outras partes encontram-se apodrecidas.
O mĂºsico Wagner Castro, 44 anos, denuncia que frequentadores de uma boate, que fica a cerca de 50 metros do terreno, acessam a propriedade para usar drogas e fazer sexo. 'NĂ£o tem quem impeça as pessoas de entrarem aqui para fazerem o que quiserem, e somos nĂ³s, os vizinhos, que temos que conviver com isso', desabafou. Ele alega que sua casa jĂ¡ foi assaltada por pessoas que utilizaram o terreno como acesso.
AlĂ©m disso, a grande quantidade de lixo e entulho no local contribui para a proliferaĂ§Ă£o de ratos e insetos. 'JĂ¡ tivemos um surto de dengue aqui na vizinhança, alguns anos atrĂ¡s, e o foco era este terreno. E ainda tem os ratos, que nĂ£o sĂ£o poucos', queixou-se o comerciante Pedro Lima, 46 anos. Segundo ele, agentes da Secretaria Municipal de SaĂºde (Sesma) adentraram o terreno para prevenir o aparecimento de novos focos do mosquito.
A situaĂ§Ă£o jĂ¡ dura cerca de 7 anos, segundo o autĂ´nomo Raimundo Rodrigues, 52 anos, nascido e criado na vizinhança. 'Existia uma casa, mas ela desabou. Desde entĂ£o, o dono nĂ£o fez mais nada no local, ele aparece raramente, observa o terreno e vai embora. NĂ£o sei o que ele planeja fazer com este espaço, mas espero que ele faça logo, porque quem mora por aqui Ă© que paga', disse. Alguns moradores jĂ¡ somaram esforços para capinar e limpar o terreno. Algumas Ă¡rvores que nascem no local sĂ£o constantemente cortadas para nĂ£o piorar a situaĂ§Ă£o.
Terrenos e casas abandonadas costumam abrigar muitos focos do mosquito da dengue na cidade e a Prefeitura Municipal de BelĂ©m nĂ£o pode se responsabilizar por estes locais. Os locais inacessĂveis para os agentes da Sesma representam cerca de 30% das residĂªncias visitadas durante as campanhas de prevenĂ§Ă£o da Dengue.
Fonte: AmazĂ´nia Jornal
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